Olga Benário Prestes, companheira de Luís Carlos Preste, após a Insurreição Comunista em 1935, foi presa e deportada para a Alemanha Nazista onde deu luz à sua filha Anita. Olga foi assassinada em 1942 em uma câmera de gás na cidade de Bernburg – Alemanha.

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Somos todos Olga é um espetáculo biográfico, emocionante e questionador que retrata Olga Benário momentos antes de sua execução. Ela, judia, comunista, mulher que sempre lutou por liberdade e justiça, agora confinada em uma cela solitária, sabe da sua morte certa, sofre com seu destino próximo e com impossibilidade de nunca mais poder ver sua filha e seu companheiro. 

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A pesquisa parte da última carta que Olga escreveu a seu companheiro Prestes, à sua filha Anita e ao mundo. Por atrás daquela guerrilheira havia muito mais de humano que jamais alguém pudesse supor. 

 

O espetáculo foi concebido com base no Teatro Essencial a partir da construção do imaginário através do corpo da atriz-criadora, e na "reapresentação" daquilo que a toca no que lhe é mais essencial, compartilhando ideologias, e pensamentos que se criam de forma acumulativa e coletivizada com o público que se torna participe ativo da cena enquanto é estimulado a uma tomada de decisão. Não pode se manter passivo ao que lhe é apresentado. Aqui o Teatro Épico também se faz presente na “empatia por abandono”, nos "gestos-sociais" e no "estranhamento brechtiano".

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A trama é traçada a partir da narrativa, ora da personagem, ora da própria atriz-criadora, trazendo à tona emoções, memórias, desmascarando questões sociais e políticas de ontem e de hoje, articulando fatos históricos, despertando e urgindo questionamentos e reflexão do público.

 

 

FICHA TÉCNICA:

Texto, direção e interpretação: Alessandra Cavagna; Produção: Bando de Teatro dos Comuns; Operação de Som: Cristiano Ramalho;  Iluminação e Operação de Luz: Felipe Gomes

 

 

 

Indicação: maiores de 16 anos.